Todo apoio à greve dos servidores municipais de Florianópolis!

Em Florianópolis, as trabalhadoras e trabalhadores do serviço público municipal estão em greve desde o dia 17 de janeiro. O movimento luta para barrar o Pacote de medidas apresentado por Gean Loureiro (PMDB)[1]. Entre estas, estão o fim do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) do civil e as alterações no estatuto do magistério, que representa o maior ataque contra a categoria nos últimos anos, retirando direitos historicamente conquistados e rebaixando salários.  Além disso, as medidas também propõem a fusão dos fundos da previdência e mais um parcelamento do rombo previdenciário por parte do executivo; parcerias público-privadas e a criação de um sistema financeiro de Conta Única Municipal, que une em um único fundo todas as receitas e tributos da prefeitura, assim o dinheiro enviado pelo Governo Federal para saúde, por exemplo, não terá mais de ser deliberado pelo Conselho Municipal de Saúde, podendo se criar mecanismos de terceirização.

Diante de tão graves ataques à categoria e ao serviço público municipal, o movimento vem crescendo durante estes vinte e três dias de greve. Nesta terça, dia 7 de fevereiro, aconteceu uma importante manifestação dos municipários[2], reunindo milhares de pessoas, demonstrando a enorme força que o movimento tem tomado em sua luta contra o governo municipal que, por sua vez, vem tentando realizar todo tipo de arbitrariedade para acabar com a luta dos servidores. A mobilização foi considerada ilegal, como tentativa de restringir o direito de greve da categoria e, diante da impossibilidade de punir toda a base do sindicato, a próxima opção foi perseguir politicamente a direção do SINTRASEM[3], através do pedido de prisão da atual gestão do sindicato. Além disso, também pedem a destituição da diretoria e ‘intervenção’ para o restabelecimento da ‘ordem constitucional’, medidas que revelam como a militarização é o tom da política de Estado no atual período.

Frente a estas tentativas de acabar com a justa luta do movimento grevista e de criminalização da diretoria do sindicato, é muito importante que toda a base da categoria mantenha-se firme na luta contra este pacote de medidas, contra a criminalização do movimento e na defesa do trabalho e de serviços dignos para a população. Independente das determinações do judiciário burguês, a classe trabalhadora em movimento é quem define suas formas de lutar e como agir para defender seus lutadores. Prestamos nossa total solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras que hoje estão nas ruas, se organizando e desobedecendo justamente a decisões judiciais injustas.

A organização nos locais de trabalho, a articulação com as comunidades por meio das escolas combinada às mobilizações de rua que desafiam a ordem imposta pelos governos criam as condições para que os trabalhadores exercitem o poder de sua força coletiva, determinando por si mesmos e impondo à burguesia as condições que consideram adequadas para sua vida e trabalho. Só a auto-organização e a ousadia dos municipários em greve pode vencer o pacote de ataques do governo municipal. Avante!

MÃO ESTENDIDA AOS COMPANHEIROS, PUNHO CERRADO AOS INIMIGOS!

SÓ A LUTA MUDA A VIDA! TODO PODER AO POVO!

*Nota enviada ao SINTRASEM no dia 10/02/17

apoio-aos-municiparios-edit

[1] http://sintrasem.org.br/content/conhe%C3%A7a-o-pacot%C3%A3o-de-maldades-do-prefeito-gean-loureiro-que-s%C3%B3-ser%C3%A1-barrado-com-muita-luta
[2]http://sintrasem.org.br/content/maior-manifesta%C3%A7%C3%A3o-dos-trabalhadores-organizados-de-florian%C3%B3polis-toma-ruas-da-cidade
[3]http://dc.clicrbs.com.br/sc/colunistas/moacir-pereira/noticia/2017/02/procuradoria-pede-prisao-dos-diretores-do-sintrasem-em-florianopolis-9715747.html

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