Temer está à beira do abismo. A política parlamentar da burguesia vai se deslegitimando mais e mais no meio do povo. Seus discursos de combate a corrupção se demonstram falsos e suas reformas políticas são amplamente rechaçadas, não há propaganda que dê jeito para disfarçar a falência do sistema político brasileiro.
Do outro lado, os partidos e sindicatos reformistas entendem a degeneração do atual governo não como uma expressão da degeneração do sistema como um todo, mas somente como um problema deste governo “golpista”. A estratégia do reformismo continua pautada pelo jogo parlamentar da burguesia, tentando renovar a crença no falido sistema político para se lançarem como alternativa. O “fora temer” e “diretas já” são as expressões desta política que pauta a luta do povo trabalhador pela novela da política parlamentar burguesa. Agora a única e real alternativa popular é construir a saída desta polarização entre frações da burguesia.
Para isso, é necessário que a ação do povo não seja determinada pelo que acontece no parlamento, garantindo independência na construção de um programa e métodos de ação direta, a partir de nossos locais de trabalho, estudo e moradia. Combater as reformas neoliberais e as ilusões da democracia burguesa é uma só tarefa!
A corrupção política é intrínseca a democracia burguesa e ao capitalismo. Em eleições diretas ou indiretas, quem perde é o povo! Criar uma alternativa real, por fora das instituições da burguesia e junto à classe trabalhadora, é a tarefa prioritária para os setores revolucionários.